Centros da Juventude recebem bate-papo com Miss Trans Diversidade
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Os jovens do Programa de Oportunidades e Direitos estão participando de conversas bem interessantes com uma referência para a população LGBT. A Miss Trans Diversidade de Canoas, Chris Siberino, esteve nesta quinta-feira, 28, no Centro da Juventude Alvorada, para um bate-papo sobre diversidade. Ela também já visitou o CJ Restinga.
Chris falou sobre o cotidiano e as vivências de uma pessoa trans (transgêneros, mulheres e homens trans e travestis). O jovens puderam tirar dúvidas e expor suas experiências. Jovens LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e Travestis) contaram situações que vivenciaram, como se sentem e ouviram de outros jovens as impressões de cada um sobre o tema.
Para a diva trans, estes espaços de debate servem para conscientizar a sociedade e combater a discriminação, principalmente contra a população trans. “Poder compartilhar com os jovens essa experiência é gratificante e produtivo. É uma sementinha que estamos plantando em cada um. Depois esses jovens vão espalhar essas informações, esse conhecimento, e nos ajudar a combater o preconceito”, explicou.
O jovem Eric Abreu, de 19 anos, concorda. “Ela está mostrando o lado dela. O lado de uma mulher trans, o que ela passa, como é dar a cara a tapa por assumir e viver quem ela é. E trazer essas informações ajuda na luta contra a discriminação. Como ela mesma disse, é a dúvida, a falta de conhecimento que gera o preconceito. Quando as pessoas conhecem e entendem o outro lado, começam a mudar a forma como veem esse outro lado”, afirmou.
O coordenador de Diversidade Sexual do Estado do Rio Grande do Sul, Douglas Dávila, ressaltou a importância desses momentos de conversa com uma linguagem mais próxima da realidade dos jovens e das comunidades para esclarecimento de dúvidas. “Estamos quebrando tabus ao trazermos a representatividade de uma mulher trans para o convívio das pessoas atendidas pelo POD. Sabemos que eles estão numa fase que buscam o diálogo e podem levar esses temas para o debate em suas escolas, famílias, vizinhança. São atores principais para levar essas informações adiante e combater o preconceito”, destacou Douglas.
Segundo a representante do Departamento de Políticas para as Mulheres, Luciana Custódio, trabalhar a diversidade e assuntos delicados como as questões de gênero e orientação sexual com os jovens é fundamental para a construção de uma cultura de paz. “Realizar ações transversais quando abordamos pautas como esta, acrescenta ao cidadão um olhar para uma sociedade com menos preconceito”, ressaltou Luciana.